segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fúria Mundial !


Temos mais um integrante no seleto e honroso clube dos campeões mundiais, na histórica e emocionante final inédita da primeira Copa em continente africano a Espanha se deu melhor, na primeira final de sua história ela sai com o direito de carregar uma estrelinha amarela no peito, coisa que já orgulhava sete nações pelo mundo afora.

Não foi fácil, os espanhóis tiveram que superar muitas coisas para chegar lá, a maioria que nem entra em campo ou pouco tem a ver com o futebol. Superou primeiro a desconfiança que tinha desaparecido com o titulo da Euro, primeira consagração dessa geração, mas teimou em aparecer novamente com a derrota para os EUA na Copa das Confederações. Sábia derrota, talvez uma vitória ali iludisse os espanhóis como nos ilude, e o fizesse perder o foco do titulo maior.

Teve que enfrentar a agressiva fama de “amarelona”, principalmente após a derrota para a Suíça. Sábia derrota, ela foi a responsável para que resolvessem os erros e focassem ainda mais no objetivo. Talvez sem ela, não fosse tão longe...

Uma certeza eu tenho, ganhou o melhor time, a melhor seleção atual. Se me perguntarem se ganhou o melhor futebol da Copa? Digo que não, e não é que a Espanha jogou mal, mas equipes como Alemanha e Argentina foram mais soltas durante a competição, e o melhor, converteram o bom futebol em gols, coisa que a campeã teve dificuldades: a partir das oitavas, apenas resultados magros.

Não ganhou o melhor futebol, mas como já disse, ganhou o melhor time, que teve resultados fantásticos durante esses quatro anos, desde aquela equipe que também encantou na primeira fase de 2006, mas não resistiu à França. Na final eram sete jogadores do Barcelona e três do Real Madrid (sendo que David Villa ainda vai jogar pelo Barça), e ai está o segredo para a principal característica deles, o volume de jogo, o toque de bola. Impossível não haver um entrosamento com uma base sólida deste Barcelona que também encantou nos últimos anos, diferença paras as equipes sul-americanas que são um costurado de clubes europeus, e antes de tudo tem de buscar entrosamento.

Na final nervosa e violenta de ontem, sinal de como estavam as equipes: ansiosas para dar o primeiro titulo aos respectivos países. Iniesta só sentenciou no segundo tempo da prorrogação deixando o herói Casillas, que já havia salvado a equipe no tempo normal, em prantos, mostrando a importância daquele feito para todos. A Holanda fica com o sentimento de que ainda não poderia ser desta vez, ainda falta alguma coisa a mais para a equipe, talvez mais grife, como o adversário tinha. Ali havia Robben, Sneijder, Van Persie e depois apenas uma equipe comum, diferente dos campeões, que se davam ao luxo de ter um Fábregas no banco. Uma coisa que eles já contaram no passado, mas que diferente desta mais modesta, não chegaram a final. Mas está de parabéns pela campanha invicta nas eliminatórias e no Mundial, mereceu chegar onde chegou.

Por último, cito que La Roja ainda teve que superar o trauma de nunca passar das quartas, superou, foi mais longe, confirmou as expectativas, já dois anos atrás essa geração nos mostrou que era mesmo campeã, em 2014 eles vão defender sua taça, e nós que vamos ter que correr atrás. Azar de quem não acreditou...


foto: Reuters

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